
Como fornecedores de etiquetas, muitas vezes recebemos ligações de clientes com problemas em seus negócios: a etiqueta descola do produto ainda na fábrica, durante o transporte ou nas mãos do consumidor. O pedido que costumamos ouvir neste caso é “você tem uma etiqueta que cola forte?”
Sim, há adesivos para etiquetas que praticamente se fundem ao material, tornando sua remoção ou queda impossível. Mas podem não ter um custo-benefício atrativo, quando há soluções muito mais simples, às vezes até sem trocar o produto.
São cinco passos necessários para identificar os problemas mais comuns:
1 – Entender a etiquetagem dentro do processo todo
O primeiro passo é entender todo o processo da indústria ou produção, e ver em qual etapa é aplicada a etiqueta autoadesiva. Às vezes a etiqueta é aplicada logo após a limpeza das embalagens, o que faz com que ela tenha de aderir a garrafas molhadas, ou quentes, ou ainda ensaboadas, o que diminui a aderência do adesivo. Mudar o processo de etiquetagem para mais à frente na linha de montagem pode ser uma solução.
2 – Qual é o estado da superfície na aplicação?
Este é o problema mais comum, e o mais simples de resolver. Muitas vezes a superfície onde a etiqueta será aplicada pode estar suja de poeira (um dos principais “inimigos” do adesivo), óleo, graxa, água ou umidade.
Por exemplo, fábricas de móveis e madeireiras costumam ser ambientes empoeirados. Assim, as etiquetas que devem se manter nos móveis grudam apenas na poeira sobre eles, caindo facilmente durante o transporte. Passar um pano sem umedecido costuma resolver a maioria desses casos.
Da mesma maneira, indústrias de metais utilizam lubrificantes para cortes de peças, que acabam permanecendo em suas superfícies e impedindo a aderência das etiquetas. Assim, limpar a peça com um pano seco antes da etiquetagem pode melhorar muito a aderência da etiqueta.
3 – Como é a aplicação no local? Há funcionários instruídos para isso?
Às vezes há enganos na aplicação da etiqueta. Se a etiqueta for aplicada e removida para ser reposicionada, ela perde parte de suas propriedades adesivas. Do mesmo modo, na aplicação manual, é preciso tomar o cuidado para que a área da “cola” do adesivo não grude nas mãos, isso faz com que a sujeira e a gordura permaneçam na etiqueta, atrapalhando o contato com a superfície.
Outra dica que ajuda muito na aplicação manual é aplicar pressão sobre a etiqueta. Outro nome para etiquetas auto-adesivas é etiquetas sensíveis à pressão. Passar um pano seco com firmeza (ou até mesmo os dedos) sobre a etiqueta depois de colar pode melhorar significativamente o seu desempenho. Isso também acontece em aplicadoras automáticas, quando o mecanismo que pressiona a etiqueta logo após a aplicação não está regulado corretamente.
4 – A que ação está sujeita a etiqueta antes e depois da cura?
Há etiquetas que são aplicadas em caixas de papelão que são prontamente armazenadas em depósitos. E existem etiquetas aplicadas em maquinário pesado que vão para um pátio, expostas à chuva, frio e calor. H
Há etiquetas que somente atingem 100% de suas propriedades (por exemplo, resistência à umidade ou ao calor) depois de totalmente curadas, o que acontece geralmente num período entre 24 e 60 horas, dependendo do material.
Etiquetas com baixa estabilidade térmica, por exemplo, resistem pouco a variações de temperatura depois que o adesivo é curado. O movimento de expansão e contração do frontal acaba rompendo o próprio adesivo, fazendo a etiqueta “cair sozinha”.
5 – Esta é a etiqueta adequada para aquela aplicação?
Por fim, há etiquetas e adesivos mais adequados para cada tipo de material e intempéries a que ele estará sujeito. Se a etiqueta está descolando sozinha, é possível que não seja a etiqueta mais adequada. Neste caso, há toda uma variedade de combinações de adesivo e frontal ideais para cada tipo de material.
Por exemplo, há etiquetas especiais para pneus, etiquetas que resistem bem a baixas temperaturas e congelamento, etiquetas próprias para calor e altas temperaturas e etiquetas próprias para ambientes abertos, que podem ser submetidas à chuva, vento e variação de temperatura.
Um caso curioso que vale à pena citar é o de um cliente com problemas onde a aplicação era supostamente simples: caixas de papelão de transporte, que ficavam armazenadas em galpões, protegidas da umidade, mas que ainda assim estavam “perdendo as etiquetas”. Uma investigação mais a fundo revelou que as caixas não eram de papelão comum, mas revestidos de parafina. Foi necessária uma etiqueta especial para o material, de adesivo em borracha com baixa coesão, para que penetrasse bem, mantendo a etiqueta no lugar e resolvendo de vez o problema.
Se o seu problema é “etiqueta caindo”, esses cinco passos vão te ajudar a investigar como resolver a questão da maneira mais adequada, muitas vezes sem gastar nada a mais nem a necessidade de uma etiqueta com um adesivo de 30g.
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